BECO é “boom bap na goela”, do jeito que a gente (eu) gosta
Por Gisele Alexandre
Foto divulgação do EP "Original Favela"
Sempre que escrevo sobre música, gosto de tentar recuperar a memória da primeira vez que ouvi aquele som. Às vezes eu consigo, outras não. Mas, nesse caso eu me lembro bem como foi. Conheci o BECO em 2023, por meio do Mema Fita, um dos vocalistas do grupo, que se apresentou como convidado em um show do “Clássicos do Rap”, projeto dos meus amigos Cocão Avoz e Fino du Rap, que eu adoro e acompanho desde o início - qualquer hora escrevo sobre ele.
Quem me conhece sabe que eu gosto de boom bap, aquele rap raiz, com letra de protesto, palavrão e tudo mais. Foi ouvindo esse tipo de som que prendi a refletir sobre racismo, desigualdade social e muitos outros assuntos que só entende quem cresceu na quebrada.
Por isso, qu...