Pixação: ato de criminalização, permanência e disputa por espaço urbano
Pixador sobre escada realiza inscrições em parede já ocupada por pixos e lambe-lambes religiosos. – Foto: P/SP*Osso / acervo pessoal
Por Maia Aiello
“Enquanto existirem muros, existirão as pixações”.
A afirmação é de P/SP*Osso, pixador desde 1985, morador do Grajaú, Zona Sul de São Paulo, e um dos mais antigos da cidade. Com quatro décadas de atuação, ele acompanhou de perto a consolidação do pixo como prática cultural nas periferias paulistanas.
Na Zona Sul de São Paulo, região marcada por menor presença de equipamentos culturais e serviços públicos em comparação com áreas centrais, a pixação continua presente como forma de expressão entre grupos de jovens das periferias. Mesmo sendo criminalizada por legislações específicas, alvo de campanhas institucionai...