Afinal, a morte é mesmo o fim? O que as culturas africanas nos ensinam?
                    
Coluna Ombala 
Por Silvia Mungongo
Quando falamos de morte, quase sempre pensamos em fim. Foi assim que me ensinaram também: morreu, acabou. Mas essa ideia não é uma verdade absoluta. Em muitas culturas africanas tradicionais, a morte não representa o fim da existência, e sim a passagem para outra etapa da vida. 
O teólogo africano John Mbiti (1969) dizia que a vida continua depois da morte, só que em outro plano. A pessoa não desaparece — apenas muda de lugar. Sai do mundo físico e passa a viver no invisível, onde continua presente de uma forma diferente. Essa maneira de entender a vida e a morte é muito diferente do pensamento ocidental, onde tudo é dividido em “vivo” ou “morto”, “presente” ou “ausente”. 
Na cultura em que cresci, especialmente em comuni...                
                
            








