segunda-feira, novembro 3

Blog

Formação ensina jovens a criarem soluções para suas comunidades
Educação, Juventudes

Formação ensina jovens a criarem soluções para suas comunidades

Juventudes Imagem Freepik Por Carolina Rosa Estão abertas as inscrições para a formação “Ecoa Jovem”, um curso voltado para pessoas de 18 a 29 anos, moradores do estado de São Paulo, que desejam atuar como lideranças em seus territórios, promovendo saúde mental e transformação social. A jornada é 100% gratuita e reúne dez encontros híbridos, mentorias com especialistas, materiais exclusivos e apoio financeiro para implementação de ações práticas entre setembro e dezembro de 2025. O Brasil tem altos índices de sofrimento mental entre jovens. Segundo dados da Fiocruz e da Unicef, a depressão e a ansiedade estão entre os principais fatores que afetam adolescentes e jovens, com base nisso a formação dialoga com um momento em que saúde mental virou pauta públic...
Pixação: ato de criminalização, permanência e disputa por espaço urbano
Juventudes

Pixação: ato de criminalização, permanência e disputa por espaço urbano

Pixador sobre escada realiza inscrições em parede já ocupada por pixos e lambe-lambes religiosos. – Foto: P/SP*Osso / acervo pessoal Por Maia Aiello “Enquanto existirem muros, existirão as pixações”. A afirmação é de P/SP*Osso, pixador desde 1985, morador do Grajaú, Zona Sul de São Paulo, e um dos mais antigos da cidade. Com quatro décadas de atuação, ele acompanhou de perto a consolidação do pixo como prática cultural nas periferias paulistanas. Na Zona Sul de São Paulo, região marcada por menor presença de equipamentos culturais e serviços públicos em comparação com áreas centrais, a pixação continua presente como forma de expressão entre grupos de jovens das periferias. Mesmo sendo criminalizada por legislações específicas, alvo de campanhas institucionai...
Duzzão e sua “Redenção” me emocionou de novo
Braba, Cultura, Opinião

Duzzão e sua “Redenção” me emocionou de novo

Por Gisele Alexandre Levada, letra, voz, autenticidade e sensibilidade. Duzzão é tudo isso e muito mais. Depois de ouvir “Redenção”, seu mais novo EP, ele me emocionou de novo. Sim, essa não é a primeira vez que Duzzão me rouba algumas lágrimas. Em 2024, quando lançou “Nova Aurora” eu me apaixonei completamente pela arte desse cara que eu já era fã.  O Pedro (meu filho) e eu ouvíamos “Nova Aurora” todos os dias na volta da escola. E, para completar essa obra-prima, o mano ainda lançou um clipe lindíssimo que, não por acaso, ganhou na categoria do Voto Popular na Mostra Brasileira Independente de Cinema de Rua. Se liga: https://youtu.be/9upKQ8jGJP8?si=bzBAEKPPjAPK6z7J Mas, voltando pra “Redenção”, que trabalho lindo! Duzzão apresentou um rap pesado e, ao mesmo tempo, r...
Chapadão mudou de cor
Juventudes

Chapadão mudou de cor

Grafiteiros se reúnem para realizarem painéis artísticos em rua do Jardim Dom José, no Capão Redondo Por Liam Coelho  Em fevereiro de 2025, houve um movimento de chamada coletiva entre artistas para colorir os muros da rua Chapadão, no bairro Jardim Dom José, na zona sul da capital, dentre eles estavam os artistas Jailson Ribeiro (@Pichyart) e Beça-k (@sucesso.inc).  Os artistas se reuniram para além de uma intervenção, Pichy conta que a escolha do local é mais um dos diversos encontros que eles participam ao serem chamados.  “Como eu trabalho com grafite já no meu dia a dia, então, nesses eventos eu vou mais pra curtir pra ver o pessoal, pra interagir com a galera”, contou. “Nós juntamos o útil ao agradável em fazer isso aqui,  porque você vê toda ess...
Terreiros como espaços de preservação da cultura e identidade afro-indígena
Juventudes

Terreiros como espaços de preservação da cultura e identidade afro-indígena

Templo Caboclo Itarobá das 7 Montanhas. Foto: Nego Júnior Por Ágapy“Você sente um acolhimento ali dentro, mas você não pode passar constantemente dentro daquela ‘cúpula’ que é a sua religião, então você tem que sair. Por mais que seja difícil ter essa responsabilidade lá dentro e todos ao meu redor tentando me ensinar", foi o que nos disse o Babalorisá Lucas ty Oxumare, sobre ter sido uma criança criada dentro de uma casa de axé. “Sair daquilo e ver todo mundo falando o contrário, que é errado, é muito mais conflitante do que você ter ali sua responsabilidade de pegar o igbá do seu santo, acender uma vela e colocar uma água na sua quartinha”, completou o Babalorisá, que é o sacerdote nas religiões afro-brasileiras.Desde o início da colonização do Brasil por Portugal, os indígen...
Economia Criativa e Protagonismo Feminino: o que acontece quando um governo entende a força do nosso fazer?
Destaque, Gira Criativa, Opinião

Economia Criativa e Protagonismo Feminino: o que acontece quando um governo entende a força do nosso fazer?

Coluna Gira Criativa Formação com mulheres empreendedoras no TEIA Santo Amaro Por Fabiana Ivo Quando falamos de economia criativa, não estamos falando de algo novo. Estamos falando do que as quebradas fazem há muito tempo: criar, reinventar, sustentar famílias com arte, estética, saberes, narrativas e afetos. O que muda é quando o Estado passa a reconhecer essa força como parte estratégica do desenvolvimento econômico, cultural e social do país. Formação da turma ANIP na FGVcenn Foi exatamente isso que aconteceu entre 2003 e 2008, quando Gilberto Gil esteve à frente do Ministério da Cultura. Gil entendeu que cultura não era apenas espetáculo, mas também trabalho, renda, cidadania e política de base comunitária. Nesse período, foi implan...
Movimento Hip-hop ganha exposição com acervo inédito no centro de São Paulo
Cultura, Destaque

Movimento Hip-hop ganha exposição com acervo inédito no centro de São Paulo

Cultura Fotos release HIP‑HOP 80’sp – São Paulo na Onda do Break. Foto: Sesc Por Carolina Rosa Instalações no Sesc 24 de Maio mergulham o público na linguagem da rua com sons, grafites, movimentos e resistência periférica Com figurinos originais, flyers de bailes black, um vagão cenográfico de metrô e mais de 3 mil itens inéditos, a exposição HIP‑HOP 80’sp – São Paulo na Onda do Break ocupa o Sesc 24 de Maio até março de 2026. A mostra mergulha o público na cena cultural que surgiu das ruas paulistanas nos anos 1980, reunindo imagens, sons e memórias de uma juventude periférica que transformou a arte urbana em resistência. Localizada na região central de São Paulo, a exposição é uma verdadeira imersão nas origens do hip-hop paulista. O percurso sensorial recria...
Diversão e cuidado para crianças periféricas
Juventudes

Diversão e cuidado para crianças periféricas

Conheça três locais que oferecem arte e cultura para crianças na zona sul Por Dalila Victória Com o intuito de democratizar o acesso à cultura e à arte e com foco no desenvolvimento integral das crianças, o Centro de Educação Unificado (CEU), o Centro para Criança e Adolescentes (CCA) e o Programa Curumim do Sesc, são espaços que oferecem atividades nas mais diversas áreas do conhecimento para crianças periféricas da zona sul de São Paulo.</p>Curumim O Programa Curumim, realizado pelo Sesc, é destinado a crianças de 7 a 12 anos, oferece atividades socioeducativas em diversas áreas como artística, ambiental, nutricional, entre outros. Com oficinas, jogos e passeios, as crianças são incentivadas a desenvolver a autoestima, a autonomia e o pensamento crítico. Na zona sul, o pro...
A resistência de vozes negras e periféricas na literatura brasileira
Juventudes

A resistência de vozes negras e periféricas na literatura brasileira

Por Ingrid Hora A literatura brasileira foi historicamente formada por homens brancos, que tinham boas condições financeiras e ocupavam o papel de publicar e consumir livros, o que resultou na construção de um cenário centralizado nesse público.  Hoje, esse contexto vem se transformando, e as produções textuais também acontecem dentro das periferias, carregando uma bagagem cultural diversa. A escritora e linguista Conceição Evaristo criou o termo “escrevivência”, em sua dissertação de mestrado, que significa relacionar quem escreve às suas vivências pessoais e coletivas, fazendo da escrita um canal de manifestação para histórias marginalizadas. Através da “escrevivência”, a literatura existe e resiste dentro das periferias. Acervo literário da Casa Baderna, centr...
Nave Capão é roubada e abre campanha para continuar a atender 150 crianças
Destaque

Nave Capão é roubada e abre campanha para continuar a atender 150 crianças

NAVE Capão, instituição sem fins lucrativos que cuida das infâncias, no Capão Redondo. 2021. Acervo da ONG Por Carolina Rosa  Na madrugada da última quinta-feira, 31 de julho, a ONG Nave Capão, localizada no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, foi alvo de um segundo roubo que comprometeu seu funcionamento. Foram levados seis botijões de gás, três notebooks e todos os fios de energia elétrica do espaço, o que impossibilitou, entre outras atividades, o preparo das refeições oferecidas diariamente às crianças atendidas pela instituição. “Roubaram a Nave. Sim, invadiram nosso espaço, levaram equipamentos, materiais e sonhos”, afirmou a equipe do projeto em comunicado publicado nas redes sociais. Diante da perda, a organização convoca agora a comu...